segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Alan Wake



Mais de quatro anos separam a atual indústria de jogos do primeiro anúncio oficial de Alan Wake, que aconteceu durante a edição de 2005 da E3 (Electronic Entertainment Expo) Quer dizer, apenas para que você se situe melhor, o título da Remedy dividiu os palcos com anúncios como Game Boy Micro e a revelação de um novo console da Microsoft: o Xbox 360!Dado o incontestável caráter “vaporware” (projetos que fazem aniversário dentro das gavetas dos desenvolvedores) de Alan Wake, soa até meio engraçado engatilhar mais uma prévia do fantasmático título da Microsoft Game Studio. Mas (ei!), parece que as coisas agora realmente começaram a andar novamente, conforme o título da Remedy vai aos poucos se desvencilhando do destino inglório que abocanhou o promissor Duke Nukem Forever.Tudo bem, a perspectiva de lançamento revelada durante a última edição da TGS (Tokyo Game Show) ainda chuta a bola lá pra frente, em algum lugar misterioso da primavera de 2010 — de qualquer forma muito melhor que o “quando estiver pronto” anterior da Remedy. Mas, vá lá, as informações reveladas na mesma feira são suficiente para encarnar com muito mais força algo que até pouco flutuava ao sabor de investidores indecisos.


Em outras palavras, Alan Wake parece mesmo ter “acordado” (com o perdão do trocadilho infame). São novos detalhes, os mesmos belíssimos gráficos e a trama extremamente promissora — já que a fórmula Stephen King de “terror em uma cidade pacata e fictícia do interior dos EUA” parece nunca abandonar o imaginário popular.Tudo bem, a TGS de fato não trouxe o mesmo nível de “novidade” da última E3. Mas é alguma coisa. Alguma coisa que pelo menos pode dar uma certeza um pouco maior de que Allan Wake não será um título para a próxima geração video games (como fez Too Human com seu périplo inter-consoles, iniciado no PlayStation original e terminado apenas no Xbox 360).


Algo pode ser pior que um “bloqueio de escritor”? Sim, pode!

Como você já deve saber a essa altura, Alan Wake, um reconhecido escritor de livros fantásticos (como poderia ser diferente?) encontrava-se em um terrível bloqueio criativo. Para resolver o problema, sua bela esposa recomenda uma viagem para a pacata Bright Falls — a típica cidade provinciana que marcou o inconfundível estilo literário de Stephen King.Entretanto, algo sai terrivelmente errado, e a mulher de Alan acaba desaparecendo misteriosamente e, segundo afirma o escritor, por “sua culpa”. A partir daí, toda a realidade começa a conspirar contra Alan, que acredita estar vivendo os acontecimentos de um livro seu que sequer lembra de ter escrito.Dessa forma, Alan, como uma perfeita reencarnação de Sam Neil em “Á Beira da Loucura” (In the Mouth of Madness), o escritor parte em uma busca desesperada para dar sentido a tudo aquilo, conforme a história vai sendo desvelada juntamente com as páginas encontradas do seu livro apócrifo. Enfim, parece um tanto clichê? Sim. Combina com um jogo de video game? Certamente que sim! Não fosse o fato de o anúncio de Alan Wake estar fazendo aniversário, seria de se exclamar: “como ninguém pensou nisso antes!”


A luz não é necessariamente uma amiga...

De acordo com o material misterioso, episódico e parco em significado da Remedy sobre Alan Wake, o pouco que se sabia até o momento sobre a jogabilidade do game era: você terá que buscar desesperadamente por fontes de luz, a única forma de afastar as terríveis abominações demoníacas que pululam por Bright Falls após o por do sol. Sim, isso é verdade. Mas a luz também pode causar problemas em outros momentos.De acordo com o novo trecho do game liberado pela Remedy durante a última edição da TGS, demônios e seres extra dimensionais não são exatamente a única preocupação de Alan, já que o protagonista conta agora uma pedra no sapato muito mais real: a polícia. Pois é, para piorar a situação do escritor, agora os “federais” (o FBI) também está no seu cangote; isso por relacionar o infausto Alan com os acontecimentos de Bright Falls.

Designado para “caçar” Alan aparece o agente Nightingale, que conduz uma busca diretamente para o interior de uma assustadora e densa floresta. Dessa vez, a ideia é escapar a todo custo dos feixes de lanterna que atravessam a mata. Mas, ao se esconder em uma ponte, Alan acaba sendo encontrado pelos oficiais, que passam a atirar em sua direção.Mas espere, os problemas mal começaram. Repentinamente, a floresta parece ficar ainda mais escura. É exatamente nesse momento que a polícia torna-se novamente uma preocupação secundária, já que as forças demoníacas começaram a agir novamente. A propósito, o clima denso de Alan Wake se mostra nesses momentos, conforme você ouve os oficiais gritando em agonia ao longe sem, entretanto, poder ver coisa alguma.Nem mesmo o reforço enviado na forma de um helicóptero parece ser capaz de melhorar as coisas para os oficiais. Assim que o helicóptero passa a atirar em Alan, que apenas continua correndo (aparentemente, algo que você fará bastante aqui), o “mal indizível” que habita Bright Falls se manifesta na forma de um grupo de morcegos que ataca o helicóptero, derrubando-o algures na floresta.


Dia e noite: dois jogos em um

De fato, esses trechos “Allan vs. FBI vs. Poderes Ocultos” mostraram o considerável empenho da Remedy em prover Alan Wake de dois estilos distintos (embora complementares) de jogabilidade. Em um momento, você estará atravessando uma ensolarada Bright Falls a procura de pistas de sua mulher — embora ainda passe por maus bocados dentro de construções mal iluminadas. Em seguida, após o por do sol, descortina-se uma cidade hostil e imprevisível, repleta dos mais variados tipos de perigos.Além de quebrar qualquer possível monotonia, é interessante observar como essas alternâncias são feitas sempre sem costuras, e sempre dentro do contexto do jogo. Igualmente, também chama a atenção (além de conter algo de hilário) o joguete com Allan que, às vezes terá que fugir PARA a luz, para em seguida ter que fugir DA luz.

Por fim, a impressão que fica é: a espera pode ter valido a pena. Quer dizer, considerando-se que Alan Wake possa realmente sair durante o apregoado “outono de 2010”. Afinal, mantém-se o clima estupendo de imprevisibilidade garantida pela trama a La “Á Beira da loucura”, e ainda somam-se novos elementos, conforme a jogabilidade vai aos poucos se mostrando e novos trechos das desventuras do Sr. A. Wake (“acordar”? Pois é) vão aparecendo.Allan Wake tem lançamento previsto para (e dessa vez pode ser mesmo verdade!) o outono de 2010.




fonte: Baixaki Jogos

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